quinta-feira, 8 de maio de 2014

Saudades

Saudades enormes de meu pai. Tem dia que aperta, retorce, dói. Tem dia em que eu só queria um abraço mais. Poder perguntar pra ele: " Quem é o pai mais querido deste mundo? " só pra ouvi-lo dizer que era ele. Era ele e ele dizia de tantos jeitos diferentes. Era ele apontando pro peito, era ele levantando a mão, era ele erguendo a sobrancelha, era ele dizendo: "Sou eu",  "É este que vos fala", "Tô aqui", "Presente".  E a melhor delas: " do mundo e quicá do Universo Sideral, de todas as galáxias conhecidas e das que ainda estão por ser descobertas...!!! "  Era ele. Continua sendo ele.

Que Deus pai, criador do Universo e de todas as galáxias conhecidas e por conhecer esteja com o senhor, meu pai!!! Te amo muito e sempre.

domingo, 27 de abril de 2014

Hope, Faith, Love

"Nothing that is worth doing can be achieved in our lifetime; therefore we must be saved by hope.Nothing which is true or beautiful or good makes complete sense in any immediate context of history;therefore we must be saved by faith. Nothing we do, however virtuous, can be accomplished alone;therefore we must be saved by love. No virtuous act is quite as virtuous from the standpoint of our friend or foe as from our own standpoint. Therefore we must be saved by that final form of love, which is forgiveness.”
Reinhold Niebuhr

Preciosidade do TED de hoje: David Brooks: Should you live for your resumé or for your eulogy?   David Brooks at TED



quarta-feira, 23 de abril de 2014

Entrevista com Eduardo Galeano

Eu li Eduardo Galeano nos tempos de Colégio Técnico. Depois, passei muito tempo sem ter oportunidade de ler de novo, de ter um novo olhar sobre seus escritos. Até que hoje vi este vídeo -  Entrevista com Eduardo Galeano   -  aí está o rosto por detrás da leitura politizada, um senhor sereno, falando coisas bonitas. Vale a pena ver. Nove minutos.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Charles Mingus

A gente se surpreende ao descobrir algo novo e brilhante. E hoje, é só passar um pouco pela internet que a gente sempre descobre algo novo e brilhante, mesmo que já seja uma referência clássica para muitos - ou pelo menos para os iniciados.

Então, hoje eu descobri Charles Mingus, por acidente total via Facebook de um amigo! Estava super contente em escutá-lo - é genial-  quando minha irmã me disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo: "Claro, Mingus, sim...! Charles Mingus é um dos monstros do Jazz..." Pois é, eu só fui apresentada a ele agora. Prazer, Charles!

https://www.youtube.com/watch?v=y_916snRF_g

Delícia de música!!!!



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Inflexão

      Aqueles que se lembram de cálculo irão se recordar que a derivada muda de sinal no ponto de inflexão. Mais do que isto, a derivada primeira é igual a zero num mínimo ou num máximo. (a gente ainda usava isto para resolver problemas... Identificar um mínimo ou um máximo: pronto, faz a derivada primeira ficar igual a zero!)
       Tem sempre a hora do topo do mundo ou da sombra do fundo do poço. O melhor a se fazer no topo é simplesmente curtir. Nem sempre é óbvio reconhecer o auge, ainda mais porque hoje em dia, os máximos são sempre temporários, sempre se espera mais, sempre se pode mais, parece que decretaram que a vida é uma função continuamente crescente, o melhor mesmo está mais para frente, é isto o que querem lhe vender. Mas se galgar o pico da Bandeira está de bom tamanho, não há porque passar o resto da vida pelejando pelo Everest.
      Agora, conquista mesmo é sair do fundo do poço. Esta é de celebrar de verdade, porque requer um esforço hercúleo e ajuda de muita gente, família, amigos. E da mesma forma que não é tão simples identificar o topo, não é tão trivial (e chega a ser bem doído) saber que  não se tem por onde afundar mais.  É melhor mudar logo a direção, mudar o rumo do pensamento, do trabalho, da vida, renovar a atitude e seguir caminhando. É somente outro jeito de escalar.
       Reconhecer os mínimos e os máximos é uma arte, a gente vive a inflexão na mudança e vai aprendendo, interativamente, a derivada primeira da vida.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Entretantos

Haveria de dizer algo, sim, porque entre tantos temas, entre tantos tempos, entre tantos ventos, voos, dilemas, entre rumores tantos, humores tantos, alentos, encantos, entre vales, as montanhas, a alma entre entranhas ressoa, retine, reverbera. As palavras que se perdiam, o silêncio que se perdia, o pensamento, nem se fale, que dizer do pranto e riso, que se encontrem todos numa frase incompleta, que se encontrem apenas, haveria de dizer, sim, assim, com firmeza ou com talvezes, com certezas ou poréns com ademais ou entretantos, mas haveria de dizer. 


Sim, este é primeiro. Entretantos,...